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Nomes vulgares: cagaita, cagaiteira.
Nome científico: Eugenia dysenterica DC.
Família: Myrtaceae
Origem: cerrado do Brasil.
Descrição: árvore frutífera nativa dos cerrados de até 10 m de altura, de tronco e ramos tortuosos, casca grossa, fissurada. Os frutos têm formato globoso, bagáceo, cor amarelo-clara, levemente ácido, epicarpo membranoso, com peso entre 14 a 20 g, comprimento de 3 a 4 cm e diâmetro de 3 a 5 cm, com 1 a 4 sementes. Inflorescência ramificada com até 9 flores brancas. A cagaiteira apresenta tanto autofecundação quanto fecundação cruzada, sendo a polinização realizada principalmente pelas mamangavas das espécies Bombus atratus e B. morio, no período da manhã. Ocorre em áreas de cerrado e cerradão, estando adaptada a solos pobres; portanto, supõe-se que é pouco exigente em fertilidade.
Constituintes químicos principais: não especificados em literatura pesquisada.
Usos e indicações: O chá da folha é usado como antidisentérico. A folha macerada é usada em machucados e ferimentos, auxiliando na cicatrização. O fruto maduro é consumido “in natura”, mas quando ingerido em excesso é disentérico. O fruto também é utilizado para fazer vinagre. O chá da flor é usado para problemas de rins e bexiga. O chá da casca é utilizado como regulador menstrual.
Parte utilizada: frutos, folhas e casca.
Outras informações: Os frutos de cagaita são consumidos in natura ou processados (licor, sorvete, suco, geléia). Esta espécie faz parte da flora apícola do cerrado e suas folhas e cascas são utilizadas na medicina popular como antidiarréico, para diabete e icterícia. Tem potencial para utilização como planta ornamental, como fornecedora de cortiça e sua madeira pode ser empregada para obras da construção civil, lenha e carvão. O período de floração acontece de julho a outubro, enquanto, a frutificação acontece de outubro a dezembro.
Referências bibliográficas:
SILVA, ROSSANA SERRATO MENDONÇA; CHAVES, LÁZARO JOSÉ and NAVES, RONALDO VELOSO. CARACTERIZAÇÃO DE FRUTOS E ÁRVORES DE CAGAITA (Eugenia dysenterica DC.) NO SUDESTE DO ESTADO DE GOIÁS, BRASIL. Rev. Bras. Frutic. [online]. 2001, vol.23, n.2, pp. 330-334. ISSN 0100-2945. doi:10.1590/S0100-29452001000200026.
SILVA, Suelma Ribeiro. Plantas do cerrado utilizadas pelas comunidades da região do Grande Sertão Veredas. Brasília: Fundação Pró-Natureza-FUNATURA, 1998.